Trecho da apresentação:
O corpo da psique rompe as fronteiras da clínica convencional e o mundo imaginal se apresenta atrelado à realidade do sonhador através de associações que despertam memórias relacionadas a sensações corporais, possibilitando ao sonhador continuar “sonhando” o sonho com a atenção flutuante entre a consciência desperta e a consciência imaginal. O espaço virtual, como um novo pano de fundo, amplia nossa habilidade de estarmos emocionalmente presentes, mesmo estando fisicamente ausentes e esse contato que se estabelece com as imagens pode se constituir em mais uma alternativa para, independente de interpretação ou amplificação, intensificar a realidade do mundo imaginal, que difere tanto da experiência imediata do sonho quanto da interpretação que possamos fazer dele.
Silvia Graubart
Trecho da discussão:
Cecília Marcondes: …o que conecta são as vísceras. A alma é convidada a secretar… me deu muito esta sensação, de criar um ambiente para secreção. Quer dizer, esta alma vai secretando, secretando, secretando e conduzindo. É uma forma diferente de trabalhar.
Hermenegildo Anjos: Mas a alma não precisa disso. Acho que essa coisa do estudo da alma no espaço virtual, no cyber-espaço é um tema a ser aprofundado, a ser discutido, porque me parece que a alma está muito presente no cyber-espaço, e é preciso se levar muito a sério isto. É claro, que como tudo, até no tema que eu falei sobre a sombra, existe um perigo, a sedução do preto; há um perigo na eretibilidade, na verticalidade — existe perigo em tudo. O espaço virtual, o cyber-espaço, é perigoso também em relação à alma, mas ele é muito pleno de alma e é preciso que se possa falar mais sobre isso.
Juliano Amui: É uma expansão do limite do imaginário.